Pedro Ribas/SMCS No dia 29 de setembro, a Pirâmide Solar de Curitiba - Parque Fotovoltaico da Caximba completou seis meses de funcionamento. Neste período, a geração de energia do local foi de 2.048,985 MWh (megawatts/hora), quantidade suficiente para suprir 2 mil casas por seis meses ou 12 mil durante um mês (residências com família de quatro pessoas).
Toda a energia gerada foi distribuída para 269 prédios públicos da Prefeitura de Curitiba. Isso resultou em uma economia de R$ 1,17 milhão (R$ 1.178.514,52) para os cofres públicos do município, recurso que pode ser utilizado em outras áreas da cidade como para subsidiar refeições do Mesa Solidária e investir em ações de educação ambiental.
O mês de setembro foi o melhor, até agora, em termos de geração de energia da Pirâmide Solar. O recorde de geração mensal foi de 455.801,72 KWh em setembro.
“A Pirâmide Solar era um sonho que virou realidade e já transforma a luz solar em energia limpa. É uma ideia inteligente, como a nossa Curitiba. Está ajudando a diminuir a poluição no mundo e também provoca nas pessoas o sentimento de que é possível vencermos os efeitos perversos do aquecimento global”, afirma o prefeito Rafael Greca.
A energia gerada pelos módulos fotovoltaicos da Pirâmide Solar é injetada na rede de distribuição da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) e o valor é abatido da conta de energia do município.
Para a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias, a Pirâmide Solar de Curitiba é emblemática e representa o movimento da cidade rumo à transição energética. “É uma questão necessária para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e a emissão de gases. Assim, a nossa cidade vem se tornando protagonista também em relação às mudanças climáticas”, explicou Marilza.
Recorde
Inaugurada no dia 29 de março deste ano, a Pirâmide Solar é a primeira usina fotovoltaica instalada sobre um aterro desativado da América Latina. De acordo com o diretor de Eficiência Energética e Geração de Energias Renováveis da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, João Carlos Fernandes, a Pirâmide Solar ainda está em fase de ajustes e não atingiu todo o seu potencial.
“Já atingimos 84% da expectativa de energia gerada, do potencial instalado, e a cada mês estamos superando a geração do período anterior. Em setembro batemos o recorde de produção mensal. Agora com a primavera e verão, com dias mais ensolarados, a tendência é de gerarmos mais energia e superarmos o recorde de setembro”, explicou Fernandes.
O dia 16 de setembro é, até hoje, a data em que a Pirâmide Solar gerou mais energia: 26.945,30 KWh. Neste mesmo dia, o Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura de Curitiba, gerou 754,1 KWh e a Galeria das Quatro Estações no Jardim Botânico gerou 238,6 KWh, ambas bem próximas das suas maiores gerações e também integrantes do programa Curitiba Mais Energia.
Centro de educação ambiental
A Pirâmide Solar de Curitiba também virou um ponto de troca de informações sobre as energias renováveis. A Prefeitura promove visitas guiadas ao local para escolas, empresas, grupos e gestores públicos de outras cidades do Brasil e do mundo.
Curitiba Mais Energia
O programa Curitiba Mais Energia já foi responsável pela implantação de painéis fotovoltaicos no Palácio 29 de Março, no Salão de Atos do Parque Barigui, na Fazenda Urbana de Curitiba e na Galeria das Quatro Estações do Jardim Botânico. Até o fim de 2024 esses painéis solares também estarão nos terminais de ônibus do Boqueirão, Santa Cândida e Pinheirinho.
O Curitiba Mais Energia conta também com 78 casas populares com painéis solares dentro do programa Cohab Solar e com a mini-usina hidrelétrica CGH Nicolau Kluppel, que gera energia na queda d’água do Parque Barigui.
Números da Pirâmide Solar de Curitiba
8,6 mil painéis
4,55 MWp de potência instalada
30% da energia dos prédios públicos do município
R$ 2,6 milhões de economia anual para os cofres públicos com gastos com energia da Prefeitura de Curitiba