24/09/2023 às 09h10min - Atualizada em 24/09/2023 às 09h10min
Paraná marca presença em feira em Assunção e estreita relação comercial com o Paraguai
AEN
Reprodução/SEIC-PR A parceria comercial entre Paraguai e Paraná tem tudo para se estreitar ainda mais com os investimentos que o país vizinho pretende realizar nos próximos anos para desenvolver a indústria e a infraestrutura locais. Nesse cenário, uma comitiva paranaense encerrou nesta sexta-feira (22) a participação da Expo Paraguai-Brasil, em Assunção, maior feira de negócios entre os dois países, em que mapeou oportunidades de negócios para empresas do Estado.
Participaram da feira no Paraguai as secretarias de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Seic), do Planejamento (Sepl), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR), a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e a Associação Comercial de Foz do Iguaçu.
“Na posse do presidente Santiago Peña, em agosto, fomos em comitiva liderada pelo vice-governador Darci Piana conversar sobre a integração mais efetiva entre Paraná e Paraguai. Agora na feira, vamos dar início de fato a essa ação com o novo governo, buscando oportunidades para investidores paranaenses que possam contribuir para o crescimento econômico do Paraguai em áreas como proteína animal e infraestrutura”, aponta o secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.
O Paraguai é o 9º principal parceiro comercial internacional do Paraná. De janeiro a agosto, o volume de negociações com o país vizinho fechou em US$ 390,6 milhões, aumento de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
ITAIPU
Uma das ações que vai incentivar investimentos no Paraguai é a possibilidade de um fundo com recursos da Itaipu para promover o desenvolvimento da região fronteiriça. Isso seria possível graças ao fim do pagamento da obra. Brasil e Paraguai estão estreitamente ligados pela Itaipu Binacional, que responde por 8,72% da demanda de energia elétrica brasileira e é responsável por 86,4% da energia elétrica consumida no país vizinho.
“O Paraguai é uma boa oportunidade de negócios para o Paraná. O país tem muito a ser feito em termos de infraestrutura e tecnologia. E nesse cenário o Paraná pode ser um parceiro estratégico de forma muito relevante. Principalmente por esse cenário de Itaipu, que vai destinar a verba que era para pagamento da dívida da construção da hidrelétrica para fortalecer o crescimento do país”, destaca o diretor de Fomento da Seic, Gustavo Wolff, que esteve na Expo Paraguai-Brasil junto com o assessor técnico da secretaria, Carlos Alisson.
O presidente da Faciap, Fernando Moraes, destacou que a participação das entidades do setor produtivo na feira paraguaia fortalece a cooperação e comércio com o Paraná. “Foram dois dias de intensas atividades, painéis e momentos de networking com representantes de governo e empresários paraguaios. Foi um momento único de se aproximar de parceiros empresários que trabalham com o comércio exterior”, afirmou.
ENCONTRO COM A VICE-MINISTRA
A comitiva foi recebida nesta sexta-feira pela vice-ministra da Indústria do Paraguai, Lorena Méndez, e pelo embaixador do Brasil no país, Carlos Alberto Simas Magalhães. No primeiro encontro, ela destacou que o Paraguai busca desenvolver projetos que gerem empregos, em especial na área industrial. O plano do governo paraguaio, reforça ela, é potencializar a indústria local para processar commodities com energia limpa, visando principalmente a exportação. Cenário no qual o Paraná tem capacidade de colaborar.
“O encontro com Lorena Mendéz foi uma oportunidade de o Paraná agradecer essa abertura da economia paraguaia aos investidores brasileiros, em especial o paranaense, para se criar uma relação ainda mais próxima para explicar aos nossos empresários o quão oportuno é o momento do país, para que os paranaenses expandam seus negócios no Paraguai”, apontou Wolff.