21/08/2023 às 14h55min - Atualizada em 21/08/2023 às 15h00min
Industriais brasileiros buscam fortalecer negócios com os Brics, em Johanesburgo
Da Redação
Divulgação/CNI Cerca de 30 empresários brasileiros participam do Conselho Empresarial dos Brics (Cebrics) em Johanesburgo, África do Sul, até quarta-feira (23 de agosto). A missão empresarial é liderada pelo presidente-eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. Ele assume o cargo oficialmente no fim de outubro, mas já está realizando duas grandes missões empresariais no exterior: a Cúpula dos Brics e a reunião dos empresários do B20, em Nova Dehli.
A CNI exerce há 10 anos a secretaria executiva do Cebrics e trabalha junto com grandes empresas como Embraer, WEG, Vale, BRF e Banco do Brasil, coordenando a atuação dos 91 membros brasileiros inscritos nos grupos temáticos de trabalho para a construção de posicionamentos do setor privado para os governos. O objetivo é fortalecer os laços econômicos e comerciais e ampliar os investimentos entre as comunidades empresariais do BRICS.
Confira abaixo alguns pontos da entrevista com o presidente-eleito da CNI, Ricardo Alban.
Importância das relações nos Brics
“A importância do diálogo e da interação com os Brics é fundamental. Basta olharmos alguns números. Os Brics somam 42% da população mundial (3,2 bilhões) e representam 25% do PIB mundial (US$ 25,8 trilhões). Os investimentos diretos estrangeiros nesses países quadruplicaram na última década. São argumentos que por si só que já justificam esse olhar mais atento ao bloco. Os países dos Brics possuem abundantes recursos naturais, com grandes reservas de petróleo, gás natural, minério de ferro, ouro, água e milhões de hectares cultiváveis com soja, milho e trigo, e produção animal, sobretudo no Brasil. Nosso principal parceiro é a China. Estamos de olho na Índia, que traz novos encadeamentos globais. Ainda temos as oportunidades na Rússia e na África do Sul”.
Indústria e oportunidades
“O Brasil reúne grandes condições para atrair cada vez mais investimentos internacionais. A revitalização da indústria no Brasil é relevante por este ser o setor que mais move o desenvolvimento da economia pela inovação e pelo avanço tecnológico. A estrutura de missões de política industrial, uma vez adotada, não só contribuirá para apoiar empresas na conquista de mercados e reduzir a distância que hoje existe para as potências econômicas, mas também alcançar soluções para problemas coletivos, como o acesso à saúde, a segurança no abastecimento energético, alimentar e sanitário internos, e a criação de empregos. É preciso traçar estratégias, construir planos de ação e garantir mais entregas. Só assim teremos mais oportunidades no mercado internacional e ainda mitigaremos os grandes entraves para as empresas brasileiras”.