A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) foi selecionada a fazer parte da primeira carteira do Índice de Diversidade (IDIVERSA) lançado pela B3 nesta terça-feira (15). Segundo a B3, o IDIVERSA tem por objetivo tornar os indicadores de diversidade visíveis e tangíveis para o mercado e gerar comparabilidade no desempenho das empresas, induzindo-as a adotarem as melhores práticas em relação à diversidade.
O IDIVERSA integra os índices de práticas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) da B3. “Esse índice fortalece o mercado e a sociedade civil. Ao gerar visibilidade para a representatividade no mercado de trabalho, estimulamos não só uma sociedade mais justa, mas também a diversidade como tese de investimento, incentivando outras companhias a seguirem o mesmo padrão de disclosure”, diz o comunicado.
A inserção da Sanepar nesta carteira é motivo de orgulho para a Companhia, que instituiu um comitê ESG há mais de um ano. “A busca pela excelência passa pelo respeito e pelas práticas de ESG. A Companhia desenvolve uma série de ações que respeitam a diversidade, a preservação do meio ambiente e promovem o desenvolvimento social”, afirma o diretor-presidente da Companhia, Claudio Stabile.
MEIO AMBIENTE – Uma das ações da Sanepar que contemplam a sustentabilidade é o repasse de lodo de esgoto gerado nas estações de tratamento a agricultores para o uso como adubo. Em 2022, foram atendidos 157 produtores, um aumento de 74% em relação aos 90 no ano anterior. O volume do lodo destinado à agricultura cresceu 40%, passando de 16 mil toneladas em 2021 para 23 mil toneladas em 2022.
O uso do lodo atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O programa foi reconhecido pela ONU, em 2016, como prática sustentável. Também foi destacado como boa prática de gestão pelo Instituto Trata Brasil e Fundação Getúlio Vargas, que premiou a Sanepar, em 2022, na categoria de Inovação & Tecnologia.
O Programa de Uso Agrícola do Lodo de Esgoto é aplicado pela Sanepar há duas décadas e já destinou cerca de 420 mil toneladas para agricultores em todas as regiões do Estado, sendo utilizado em mais de 3 mil hectares. Rico em matéria orgânica e nutrientes (principalmente nitrogênio, fósforo e enxofre), o lodo auxilia na correção do pH do solo e fornece cálcio e magnésio por receber aplicação de cal no processo de higienização.
Essas características melhoram as condições do solo e aumentam a produtividade das culturas. Além disso, é uma alternativa ambientalmente correta uma vez que o material deixa de ir para os aterros sanitários. A aplicação é permitida em todas as culturas agrícolas que não tenham contato direto com o material, como soja, milho, trigo, café, aveia, café, laranja, limão e florestais. Não podem receber o lodo hortaliças, pastagens, culturas inundadas e tubérculos.