11/08/2023 às 11h48min - Atualizada em 11/08/2023 às 11h48min
Ratinho Junior se manifesta pela primeira vez sobre a privatização da Copel e nega que a tarifa de luz vai subir
Da Redação
Jonathan Campos/AEN O governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior se pronunciou pela primeira vez sobre a privatização da Copel, que foi vendida na última quarta-feira (09). A companhia de energia do estado movimentou R$ 5,2 bilhões, incluindo a venda de um lote suplementar. Sendo assim, o governo do Paraná, que possuía 70% das ações ordinárias da empresa, diluiu a sua participação para 50%.
Durante o evento Agroleite, em Castro, Ratinho Junior falou sobre a vendas das ações da Copel e negou que a tarifa de luz vai subir após a privatização. O governador do Paraná também destacou o papel do estado em políticas públicas que beneficiam famílias de baixa renda.
"A conta de luz, se alguém falar que vai aumentar, que é a Copel que aumenta ou abaixa a conta de luz, está mentindo para a população. Quem faz todo o ajuste, para cima ou para baixo, no custo da energia, é a Anel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que fica em Brasília e tomas as decições para o Brasil todo", explicou o governador.
"A privatização não muda nada, os programas sociais também. O programa 'Energia Solidária', por exemplo, que é o maior em energia gratuita do Brasil, que não cobra das pessoas de famílias humildes. Sâo mais de 360 famílias que são beneficiadas, e mais de mil famílias não pagam a energia até 150 kw/h. É isso que a gente tem que lembrar quando se falam besteira por aí", acrescentou Ratinho Junior.
A oferta aceita negociou 319 milhões de ações no valor de 8,25 reais cada, totalizando a compra em 5,2 bilhões de reais. Com a venda das ações, o governo do estado terá apenas 15% de participação nas decisões da Copel. No capital da companhia, o estado terá apenas 10%, o que será o seu poder de voto na empresa.
As empresas tem até essa sexta-feira (11) para pagar os valores negociados na bolsa de valores de São Paulo. O Governo do Paraná disse que deve utilizar o dinheiro a ser arrecadado com a venda de ações da Copel em obras de habitação, educação, infraestrutura urbana e rodoviária e sustentabilidade.
Vale ressaltar, que no comunicado apresentado ao mercado financeiro, a Copel também disse que existe a possibilidade de comercialização de ações no exterior. No anúncio de venda, no ano passado, o governo afirmou que mesmo com a saída do Estado como acionista majoritário, ficará mantida a obrigação da Copel continuar com o mesmo nome, além da sede não poder sair de Curitiba.