26/07/2023 às 09h17min - Atualizada em 26/07/2023 às 09h17min

Operação do Gaeco prende policiais do Paraná por suspeita de envolvimento em latrocínios

Da Redação

Reprodução
Durante operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (26) através do Ministério Público do Paraná, por meio do Gaeco (Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em conjunto com a Corregedoria-Geral da Polícia Militar, foram cumpridos cinco mandados de prisão, 28 mandados de busca e apreensão, sete medidas de afastamento da função pública e 11 medidas de monitoração eletrônica.

A Operação Mar Vermelho liderada pelo Ministério Público e Gaeco, apura a origem das organizações criminosas envolvendo os policiais com possível atuação nos municípios de Londrina, Ibiporã e Bela Vista do Paraíso. Entre os crimes que eles podem ter envolvimento estão dois latrocínios – roubo seguido de morte, falsificação de boletins de ocorrência e outros.


A suspeita é de envolvimento de ao menos sete policiais militares, sendo um oficial, um cadete e cinco praças, além de particulares, no cometimento de crimes, incluindo dois latrocínios (roubos com resultado morte).

Latrocínios

As investigações tiveram início a partir do recebimento de informações sobre a participação de dois policiais militares na morte de um homem que teria sido executado e seu corpo queimado na zona rural de Jataizinho no dia 23 de agosto de 2021.

Após o cumprimento de diversas diligências, ficou confirmado que essa vítima integrava a mesma organização criminosa investigada. Esse crime teria sido motivado por desentendimentos financeiros entre os criminosos. Integrantes do grupo apropriaram-se de dinheiro, a partir de movimentações bancárias, e de bens da vítima durante a execução do crime. 

As apurações revelaram ainda um outro crime de latrocínio (artigo 157, § 3º, inciso II do Código Penal), em que a vítima – um homem que atuava como agiota – teria sido morto em um confronto forjado com uma equipe das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) de Ibiporã.

Nesse caso, as investigações apontaram que o objetivo era de que os policiais militares se apropriassem de R$ 30 mil que estavam com ele. Parte desse valor, entretanto, não foi encontrado pelos policiais, uma vez que estaria escondido nas roupas íntimas da vítima.

Segundo as apurações, realizadas em conjunto pelo Gaeco e pela Corregedoria-Geral da PM, o grupo criminoso armado praticava ainda, de forma serial e profissional, crimes de falsidade ideológica (art. 312 do Código Penal Militar), com a inserção de dados falsos em boletins de ocorrência (o grupo simulava a ocorrência de roubos de carga e inseria tal informação inverídica nos boletins); apropriação indébita qualificada de cargas, notadamente de aço, ferro, cobre, etanol e soja (artigo 168, § 1º, inciso III do Código Penal), furto qualificado (artigo 155, § 4º, inciso IV do Código Penal) e extorsão agravada (art. 158, § 1º, do Código Penal).


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