Reprodução/Portos do Paraná Nesta sexta-feira (21), último dia do Smart Ports Seminar & Expo 2023, em Boston, nos Estados Unidos, a autoridade portuária paranaense apresentou soluções tecnológicas e inovadoras que tem desenvolvido no Estado para melhorar a gestão, a operação e o atendimento nos portos do Paraná.
Representada pelo diretor administrativo financeiro, Marcos Bonoski, e pelo superintendente de Governança, Carlos Eidam de Assis, a Portos do Paraná expôs detalhes do projeto Cais Leste (Moegão) e abordou soluções como Port Community System (PCS) e Port Collaborative Decision Making (PortCDM), em implantação no Estado.
Internamente, entre os portos brasileiros, os terminais paranaenses já têm destaque como portos de vanguarda quando o assunto é inovação. Aos poucos, também fora do Brasil, a Portos do Paraná tem sido reconhecida como gestão portuária que busca o desenvolvimento tecnológico.
“O que percebemos aqui hoje, durante a nossa apresentação, é que os portos paranaenses estão andando, em muitos aspectos, em paralelo aos portos dos Estados Unidos, e também temos soluções que são nossos diferenciais”, disse o superintendente de Governança, palestrante do evento.
Uma dessas soluções disruptivas, segundo Eidam, é exatamente a proposta de uma moega exclusiva para descarga ferroviária de grãos e farelo, que trata o Moegão. “Além de inovadora, essa solução foi interna, proposta pelo time da Portos do Paraná. Impressionou muito aqui no evento”, contou.
O sistema exclusivo de descarga ferroviária de grãos e farelos do Moegão, será conectado aos terminais integrantes do Corredor Leste de Exportação do terminal marítimo paranaense.
O complexo terá capacidade para descarregar, simultaneamente, até 180 vagões, em três linhas independentes. Isso representa um ganho de 63% na capacidade atual de descarga ferroviária, passando de 550 para 900 vagões por dia. A expectativa é que mais 24 milhões de toneladas de grãos e farelos saiam anualmente por Paranaguá.
Após a conclusão da estrutura, a expectativa é conseguir equalizar a participação dos modais, chegando a 50% do transporte por meio rodoviário e 50% por meio ferroviário. A obra também vai gerar uma economia de 30% nos custos de transporte, diminuir os impactos ambientais com 73% a menos de CO2 emitido.
Tecnologia
Como explica Carlos Eidam, já implantado em fase de teste, o PortCDM é uma proposta de gerenciamento das operações marítimas em tempo real, com objetivo de otimizar o fluxo das operações e a troca de informação entre os atores envolvidos no processo de entrada e saída de navios nos portos do Paraná - praticagem, rebocadores, amarradores, Anvisa e Receita Federal.
Já o PCS da Portos do Paraná é uma plataforma eletrônica de troca de dados entre a comunidade portuária. Busca conectar múltiplos sistemas usados por diferentes organizações envolvidas na atividade, integrando as informações de toda cadeia logística, promovendo eficiência por meio da redução de tempos e custos.
“Estamos às vésperas de poder contratar o desenvolvimento dessa ferramenta. Ou seja, estamos no mesmo passo que os demais portos das américas. É muito gratificante perceber isso, no evento, e uma honra poder levar o que temos feito aqui na Portos do Paraná, no Estado, para o mundo”, complementou o superintendente de Governança da Portos do Paraná.
Ainda segundo Eidam, a busca de soluções inovadoras é essencial para atender com qualidade os clientes e para que os portos paranaenses continuem gerando resultados positivos, integrados com a comunidade portuária do Estado.