30/06/2023 às 20h11min - Atualizada em 30/06/2023 às 18h53min
Unidade mais antiga da PM, Regimento de Polícia Montada completa 144 anos
AEN
Divulgação/PMPR O Regimento de Polícia Montada "Coronel Dulcídio”, unidade da Polícia Militar do Paraná, completou 144 anos nesta sexta-feira (30), com uma solenidade na sede do RPMon, em Curitiba. O evento contou com a presença do secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, e do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jefferson Silva.
Durante a solenidade, autoridades civis e militares foram homenageadas com a entrega da medalha “Heróis da Cavalaria”, maior condecoração do RPMon, e que é destinada aos que se destacaram em suas funções para engrandecimento da corporação em prol de melhores serviços à população. O Regimento de Polícia Montada atua, principalmente, nos locais de acesso restrito, em parques públicos e em locais de grande movimentação de pessoas, auxiliando as demais Unidades Operacionais de Área (UOA).
As equipes são empregadas no policiamento externo de futebol, shows, carnaval, eleições, comícios, passeatas, carreatas, parque de exposição, festivais musicais e folclóricos. Extraordinariamente, podem ser empregadas também em situações de distúrbios civis, reintegrações de posse e calamidade pública.
Jefferson Silva lembrou que o Regimento de Polícia Montada é uma referência. “É fundamental para nossa corporação. A presença dela leva ainda mais segurança para a população paranaense”, disse o coronel. “É um momento importante para que possamos lembrar de como a Polícia Militar está bem representada por esses policiais e cavalos que atuam diariamente em prol da sociedade”.
O comandante do Regimento, tenente-coronel Luciano Cordeiro, falou sobre a oportunidade de comandar a unidade histórica e ressaltou os investimentos realizados para a melhoria da atuação policial. “Recentemente mais seis cavalos foram incorporados à nossa atividade e isso promove uma maior presença e apoio da Cavalaria para as demais unidades. É importante ressaltar que constantemente tanto os cavalos quanto os militares estaduais passam por treinamentos que auxiliam em melhores condições de atuação em todas as circunstâncias”, afirmou.
EQUOTERAPIA – Além da atuação preventiva e ostensiva, a Cavalaria da Polícia Militar oferece um programa de equoterapia, serviço que há mais de 20 anos já auxiliou 5 mil famílias. Ele prevê atendimento às crianças e adolescentes na recuperação e minimização de sequelas e problemas de saúde por meio de um serviço psicológico gratuito que envolve a utilização de cavalos (treinados para essa função), que interagem e facilitam o desenvolvimento dos alunos em aulas práticas feitas no Regimento.
O secretário ressaltou o papel social desenvolvido pelo Regimento. "A Cavalaria conta com esse serviço que beneficia as pessoas em maior vulnerabilidade de forma gratuita. A equoterapia demonstra a preocupação da Polícia Militar com a população paranaense, principalmente com nossas crianças e jovens”, destacou.
HISTÓRIA – O Regimento de Polícia Montada é a unidade mais antiga da Polícia Militar do Paraná, e sua história é entrelaçada com a história de formação do Paraná. Foi no cerco da Lapa, episódio sangrento da Revolução Federalista (1893-1895) que apresentou ao Brasil a força dos policiais militares paranaenses. A unidade primeiro foi classificada como esquadrão, mas em 1955 passou a denominar-se Corpo de Polícia Montada, composto por dois esquadrões convencionais, um de metralhadoras e uma banda de clarins. Já em 1968 passou a chamar-se Regimento de Polícia Montada com a denominação de coronel Cândido Dulcídio Pereira, conservando na maior parte do seu plantel viaturas automecanizadas, restando naquele tempo apenas um esquadrão de polícia montada. Em 7 de junho de 2006, com a edição do decreto nº 6.733, o RPMon foi desmembrado com a criação do 20º Batalhão de Polícia Militar e passou a contar com quatro esquadrões de Polícia Montada e a desempenhar suas atividades utilizando, exclusivamente, o processo de policiamento hipomóvel em todo território paranaense.