Roberto Dziura Jr/AEN O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta sexta-feira (30), na Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, do lançamento da pedra fundamental da esmagadora de soja do Grupo Potencial. A primeira fase da obra vai receber R$ 1,7 bilhão em investimentos para ampliar a produção de biodiesel, com a expectativa de gerar cerca de 250 postos de trabalho diretos e até 3 mil indiretos. O vice-presidente Geraldo Alckmin também acompanhou a solenidade.
O mercado de industrialização de soja é a nova frente de negócio do Grupo Potencial, que atua no setor de combustíveis, energia e transportes e é um dos principais produtores de biodiesel do País. A previsão é que a nova planta seja concluída em 18 meses a partir do início da construção, podendo levar até 24 meses se for considerado o prazo de negociações comerciais.
Ratinho Junior destacou que o novo empreendimento do grupo paranaense confirma o bom momento do Estado na atração de investimentos privados, o que se reflete no crescimento econômico e na geração de empregos. O PIB do Paraná aumentou 9,16% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, entre janeiro e maio, foram abertas 62,9 mil vagas de emprego com carteira assinada, o melhor resultado da região Sul e o quarto melhor do País.
“Com a visão estratégica do nosso governo, de aliar produtividade, crescimento industrial e desenvolvimento econômico com a proteção ao meio ambiente, o Paraná se destaca no cenário nacional e internacional”, disse o governador. “O Estado é um dos principais produtores de energia limpa do Brasil. E essa planta do Grupo Potencial consolida esse cenário, pois vai ampliar a produção de biocombustível, o que é essencial para reduzir as emissões de carbono na atmosfera”.
Com essa visão e também com importantes investimentos em infraestrutura, o Estado tem avançado e se tornou a quarta maior economia brasileira, destacou o governador. “Temos uma cadeia produtiva muito bem organizada, mas também um poder público que tem uma visão estratégica e compromisso com o desenvolvimento econômico sustentável”, disse.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou que a indústria de biocombustíveis é estratégica para o projeto de desenvolvimento econômico do País, principalmente em um momento em que é necessário reduzir as emissões de carbono. “O Brasil pode ser protagonista do mundo em sustentabilidade, e o Paraná é um exemplo disso”, afirmou.
Ele explicou que, neste ano, o Pais elevou para 12% a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel vendido no Brasil, o que amplia a demanda por biocombustíveis. “Somente com esse aumento, vamos deixar de importar 1 bilhão de litros de diesel no ano, sendo trocado por biodiesel”, disse. “Isso também ajuda na questão das mudanças climáticas. A descarbonização é uma exigência do nosso tempo, e o Brasil tem uma oportunidade fantástica nesse sentido”.
POTENCIAL – A esmagadora de soja será construída no Complexo Industrial do Grupo Potencial, na Lapa, junto à usina de biodiesel da companhia, que é a maior do Brasil e a terceira maior do mundo. Já foi iniciado o processo de terraplanagem do terreno e a expectativa é que a construção da planta inicie nos próximos meses. Este é o maior investimento dos próximos anos do grupo, que se projeta para se tornar um dos líderes mundiais do setor de esmagamento. A planta terá capacidade de processar cerca de 3,5 mil toneladas de soja por dia, ou 1,15 milhão de toneladas por ano a partir de 2025.
“O mercado de industrialização de soja é uma frente de negócios nova para o Grupo Potencial, assim como aconteceu com o biodiesel, que iniciamos a produção em 2012. Mas temos confiança no nosso projeto e ele tem muito potencial para estar nas primeiras colocações no mercado nos próximos anos”, destacou o presidente do Grupo Potencial, Arnoldo Hammerschmidt.
Serão construídos dois silos para armazenamento de soja, com capacidade de 150 mil toneladas cada, e outro silo, com capacidade de 100 mil toneladas, para armazenar o farelo, um dos resíduos da extração do óleo, que pode ser utilizado na produção de ração e outros produtos e será comercializado nos mercados interno e externo. O projeto prevê, ainda, a construção de um terminal ferroviário para ligar a planta industrial com a linha férrea que vai até o Porto de Paranaguá.