27/05/2023 às 16h26min - Atualizada em 27/05/2023 às 16h26min

Romanelli diz que troca de governos não resolveu a situação do pedágio

Da Redação

Foto: Divulgação
"Entra governo de esquerda, sai governo de direita, e infelizmente continuamos padecendo dos mesmos problemas". A consideração é sobre a nova concessão de rodovias do Paraná e foi feita pelo deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) nesta sexta-feira, 26, em Francisco Beltrão. Segundo ele, há muita preocupação em relação ao preço das tarifas e quanto à garantia da execução das obras do novo sistema de pedágios.
 
“Nossa avaliação é de que a modelagem pode gerar uma tarifa de pedágio alta, que beneficia as concessionárias. Pelo que observamos no edital, ainda falta uma garantia real da execução das obras”, observou. Ele explica que o modelo aprovado pelo governo federal também prevê um degrau tarifário após a duplicação das rodovias. "Tem um lado bom, que é pagar a obra depois que estiver realizada. Mas ainda não conseguimos abrir a caixa preta da planilha. Poderemos pagar as obras antes na própria tarifa", alerta.

 
Romanelli disse que mesmo nos Lotes 1 e 2, que abrangem rodovias dos Campos Gerais e o acesso ao Porto de Paranaguá, e são “o filé mignon” da privatização de parte da malha estadual, podem ter tarifas artificialmente altas. Ele alerta para a necessidade de um amplo debate sobre os demais lotes, principalmente os das regiões Oeste e Sudoeste, que podem enfrentar problemas em relação às tarifas e as obras.
 
“São regiões mais complexas do ponto de vista das obras que devem ser realizadas. Poderemos ter uma tarifa com preço similar ao que era cobrado antes e sem a garantia das obras. Embora os leilões venham ser feitos pela lei das concessões, as empresas poderão apresentar a garantia que quiserem”, argumenta. Esse modelo, diz o deputado, fragiliza a garantia.
 
*Providências* - Romanelli se diz ainda indignado com as notícias de que o governo federal estuda aportar recursos em obras nas rodovias que serão concedidas em outras regiões do País para deixar as tarifas mais baratas nas futuras. “É uma proposta que não se aplicaria ao Paraná. O governo federal deve pensar que os paranaenses são filhos bastardos ou somos muito ricos”, considerou.
 
"Agora, nós não vamos desistir. Estamos tomando uma série de providências junto a ANTT, e alertando a sociedade e o setor produtivo para que questionem e pressionem o governo federal a dar as explicações necessárias e revisar o modelo de negócio das concessões. Ainda dá tempo de reavaliar essa modelagem e garantir tarifa baixa com as obras", completou.


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