05/02/2023 às 19h20min - Atualizada em 05/02/2023 às 19h20min

Embrapa apresenta tecnologias sobre banana e mandioca no Show Rural

Da Redação

Divulgação
Entre os dias 6 e 10 de fevereiro, a Embrapa Mandioca e Fruticultura participa do Show Rural Coopavel 2023, em Cascavel (PR), com a apresentação de diversas tecnologias sobre mandioca e banana. Foram instalados experimentos com variedades de mandioca de mesa e para indústria na vitrine tecnológica do evento, que tem como principal objetivo a difusão de tecnologias voltadas ao aumento de produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades rurais. As tecnologias expostas são:
 
BRS 429 – Cultivar de mesa altamente produtiva (no Paraná, a produtividade média da BRS 429 foi superior em 25,7% em relação às variedades tradicionais e, em São Paulo, a superioridade alcançou 53,9%), que possui porte reto (adequado ao plantio mecanizado); raiz cilíndrica, mais longa e uniforme, o que confere um aproveitamento comercial maior, precocidade (pode ser colhida aos oito meses); e moderada resistência às principais doenças que atingem as regiões (bacteriose e superalongamento). Apresenta polpa de coloração amarela intensa (preferida dos consumidores), bom tempo de cozimento (média de 20 minutos), textura farinácea, adequada tanto para o consumo mais usual (cozida e frita) como também para a obtenção de massa de boa qualidade, e sabor superior.

 
BRS CS01 – Mandioca para a indústria recomendada para as regiões sul/sudeste do Mato Grosso do Sul e noroeste e extremo oeste do Paraná. Nas avaliações, seu grande diferencial ficou por conta das características relacionadas à produtividade. No primeiro ciclo (colheita aos dez meses), a produtividade de raízes foi pelo menos 31% maior que a das variedades tradicionalmente plantadas na região; e no segundo ciclo (colheita aos 18 meses), o aumento registrado girou em torno de 93%. No que se refere a doenças, a cultivar é semelhante às mais plantadas em relação à bacteriose e antracnose e menos suscetível ao superalongamento. O porte reto permite o plantio mecanizado, e a alta cobertura do solo requer número menor de capinas, o que diminui os custos. Além disso, a BRS CS01 é a primeira variedade de mandioca indicada para o plantio direto, o que agrega sustentabilidade aos sistemas de produção da cultura.
 
BRS 399 –
Cultivar de mandioca de mesa de polpa amarela de alta produtividade, que pode alcançar 70 t/ha. A arquitetura da planta pouco ramificada favorece os tratos culturais. Apresenta moderada resistência à bacteriose e ao superalongamento. Em função da precocidade, a BRS 399 deve ser colhida preferencialmente de 8 a 12 meses após o plantio. É recomendada para o Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e entorno, sendo mais indicada para plantio em solos de média a alta fertilidade. O tempo de cozimento das raízes é reduzido, e a massa tem textura farinácea, sabor característico e ausência de fibras, características culinárias consideradas positivas. Essa cultivar foi selecionada a partir de uma coleção de híbridos da Embrapa Cerrados (DF).
 
Clone de mandioca para indústria 2010-56-18 – Adaptado para a região Centro-Sul, teve médias de produtividade de raízes e produtividade de amido similares ou superiores às das variedades testemunhas tanto no primeiro quanto no segundo ciclo. As notas de reação a bacteriose, superalongamento e antracnose deste clone foram menores que 3 – valor máximo admitido para as três doenças –no primeiro e segundo ciclos. Além da superioridade em relação às principais variedades plantadas na região de avaliação, no que diz respeito às produtividades de raízes e amido, e à tolerância às principais doenças da mandioca, o clone destaca-se pela precocidade. A possibilidade de colheita mais precoce pode reduzir custos e riscos ao produtor e fornecer flexibilidade quanto à época de colheita.
 
Clone de mandioca para indústria 2010-55-04 – Mostrou-se semelhante ou superior às testemunhas com relação a produção de raízes, teor de amido e produtividade de amido e reação a bacteriose, superalongamento e antracnose nas colheitas de primeiro ciclo (por volta dos 12 meses) e de segundo ciclo (por volta dos 18 meses). A possibilidade de colheita mais precoce pode propiciar aos produtores a diminuição dos custos e riscos e flexibilidade quanto à época de colheita, possibilitando-lhes obter maior renda quando as condições de mercado estiverem favoráveis.
 
Rede Reniva – A muda ou semente de qualidade constitui-se no principal insumo agrícola para a sustentação da produção quando se visa alcançar níveis ótimos de produtividade e longevidade da cultura. Desenvolvida no âmbito da Rede de multiplicação e transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária (Reniva), uma nova técnica usa miniestacas em vez do material tradicional (manivas-semente). A inovação contorna características indesejadas, como a baixa taxa de propagação e os grandes volumes de materiais de plantio convencional, que dificultam a logística de armazenamento e transporte das manivas para novas áreas.
 
Manejo integrado da murcha de Fusarium – O uso de inimigos naturais contra doenças de plantas faz parte de uma estratégia sustentável, bem consolidada no Brasil, conhecida como controle biológico. A prática visa produzir e estabelecer o controle de qualidade do produto biológico à base de
 
Trichoderma asperellum para uso na agricultura, especialmente na produção de banana. Tem como função orientar empresas e agricultores que produzem biológico à base de T. asperellum quanto à produção on farm e à realização de testes de controle de qualidade, gerando produtos seguros, eficazes e que atendam às expectativas do usuário.


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