O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (15) que o Congresso Nacional vive atualmente seu “pior momento em termos de qualidade”. A declaração foi feita durante uma cerimônia em comemoração ao Dia dos Professores, no Rio de Janeiro.
Durante o discurso, Lula dirigiu críticas à atuação de parlamentares de direita e, ao abordar o tema, voltou-se ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que estava presente no evento.
“O Hugo é presidente desse Congresso, ele sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior”, disse o presidente.
Antes das críticas de Lula, Motta havia discursado e foi vaiado por parte do público, que também protestou contra a proposta de anistia a condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Diante das vaias, Lula se posicionou ao lado do parlamentar, em sinal de apoio.
Discurso marcado por críticas e tom político
O pronunciamento de Lula, feito a menos de um ano das eleições de 2026, teve forte tom eleitoral. O petista fez repetidas críticas à direita, mencionando o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que vive nos Estados Unidos e, segundo ele, atua contra os interesses do Brasil.
Lula também pediu que seus apoiadores não permitam o retorno da direita ao poder, lembrando que o país voltou ao mapa da fome durante o governo Bolsonaro.
O presidente incentivou ainda a participação política de cidadãos insatisfeitos com o cenário atual.
“Quem não estiver contente com a classe política precisa entrar na política e ajudar a mudar o país”, afirmou.
Em alguns trechos do discurso, Lula se exaltou e usou palavrões, especialmente ao criticar gestões anteriores.
“Tinha um ministro da Saúde que não entendia porra nenhuma de saúde”, declarou.
Sem citar nomes, ele também chamou o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel de “juiz picareta” e criticou antigos chefes do Executivo fluminense afastados por suspeitas de corrupção.