O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta terça-feira (16), em Curitiba, a maior aquisição de fuzis já registrada no Paraná: 3.711 unidades no total, das quais 1.544 foram entregues imediatamente. O primeiro lote teve investimento de R$ 15,4 milhões, com apoio de emendas parlamentares; o restante do pedido será entregue entre o segundo semestre deste ano e o início de 2026. (Observação: o texto original trazia datas conflitantes sobre a entrega futura; optei por manter “início de 2026” para consistência.)
Ratinho Junior afirmou que os novos armamentos têm caráter estratégico para proteger policiais e população. “Hoje estamos entregando mais de 1.500 fuzis e, até o final do ano, serão mais de 3 mil — a maior compra da história do Paraná. Esse investimento, somado a viaturas, caminhonetes blindadas e helicópteros, fortalece nossas equipes contra o crime organizado”, afirmou o governador. Segundo ele, o pacote integra tecnologia, equipamentos e reforço da presença policial, contribuindo para a queda dos índices de criminalidade no Estado.
O secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, informou que as armas serão destinadas às forças policiais e, em primeiro momento, a grupos de operações especiais da Polícia Militar (PMPR) e da Polícia Civil (PCPR), como o TIGRE, a CIROCAM, o BPRONE e o BPFron. “Esses armamentos de última geração vão equipar equipes que enfrentam situações de alto risco e atuam diretamente no combate ao crime organizado, tráfico de drogas e homicídios”, disse.
Detalhes do lote e modelos adquiridos
Total do contrato: 3.711 fuzis (1.544 entregues agora).
Investimento (primeiro lote): R$ 15,4 milhões.
Modelos e valores informados:
ARAD-7 (7,62 mm) — 329 unidades; investimento de R$ 3,6 milhões. Modelo israelense com sistema a pistão de curso curto, projeto modular e configuração adaptável (de carabina compacta a função de atirador designado).
CZ Bren 2 (5,56 mm) — 1.215 unidades; investimento de R$ 11,8 milhões. Fabricado na República Tcheca, projetado para forças armadas e policiais, também com sistema por pistão de curso curto, indicado para patrulhamento de alto risco e policiamento especializado.
Ambos os modelos seguem padrões internacionais de qualidade e serão usados por PMPR, PCPR, Polícia Científica (PCIPR) e Polícia Penal (PPPR).
Novos pedidos e próximos lotes
Além dos modelos já entregues, o governo contratou outros 2.167 equipamentos, com previsão de entrega entre o segundo semestre e o início de 2026, num investimento adicional de R$ 26,4 milhões — totalizando R$ 41,8 milhões apenas na aquisição de novas armas. Entre as aquisições anunciadas estão:
1.500 carabinas Daniel Defense DDM4 V7S (5,56 mm) — parte financiada por emendas federais e programas estaduais; estavam em testes nos Estados Unidos e serão distribuídas para toda a tropa (rádio-patrulha, delegacias, tropas especializadas e guaritas).
500 carabinas ARAD 300BLK (5,56 mm) — para a Polícia Civil; já em trânsito após testes de qualidade.
Outros modelos: Colt C20 (.308) — 50 unidades; WMD 5,56 mm (99 unidades) com supressor e miras optrônicas para o TIGRE e COE; Nemesis LMR (.308) — 18 unidades, com precisão para longas distâncias (até ~900 m).
O comandante do BOPE, tenente-coronel Cezar Hoinatski, destacou que o batalhão já está recebendo fuzis de alta precisão, que aumentam a segurança e a eficácia das tropas em operações de alto risco.
Pacote integrado
A compra de armamentos faz parte de um pacote global superior a R$ 100 milhões entregue na mesma cerimônia, que inclui ainda cinco helicópteros, 35 caminhonetes RAM 3500, 56 viaturas L200 e equipamentos ópticos e táticos de última geração, monóculos e óculos de visão noturna, designadores laser, miras termal e sistemas de captação de imagens através de paredes.
COMBATE À CRIMINALIDADE
Os novos armamentos também vão contribuir para manter e reduzir ainda mais os índices de criminalidade pelo Estado. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, os crimes contra patrimônio caíram 5,8% em relação ao mesmo período de 2024, passando de 191 mil para 179,9 mil ocorrências.
O Paraná também zerou os casos de roubos a bancos no primeiro semestre de 2025, algo inédito até então. Entre 2018 e 2024, a queda nesse tipo de ocorrência foi de 75%, passando de 24 naquele ano para apenas seis no ano passado. Na comparação com 2023, quando foram registrados 10 casos, a redução também foi expressiva, de 38,5%.