Foz do Iguaçu terá o maior Porto Seco da América Latina com investimento de R$ 500 milhões

AEN
05/08/2025 10h30 - Atualizado há 1 semana

Foz do Iguaçu terá o maior Porto Seco da América Latina com investimento de R$ 500 milhões
Divulgação/Multilog

Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, vai ganhar uma nova estrutura logística que deve consolidar a cidade como principal hub alfandegário da Tríplice Fronteira. Foi lançada nesta segunda-feira (4) a pedra fundamental do novo Porto Seco de Foz, que será o maior da América Latina, com capacidade para receber até 2 mil caminhões por dia — um aumento de 30% em relação à movimentação atual.

O empreendimento será construído pela empresa Multilog, uma das maiores operadoras de logística integrada do país, com investimento de R$ 500 milhões e geração de 250 empregos diretos. A nova estrutura promete fortalecer o comércio exterior e dinamizar o transporte de cargas na fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

“Esse projeto é um marco para a logística do Paraná e do Brasil. Vai dar mais eficiência ao escoamento e à entrada de cargas, além de facilitar a fiscalização e o comércio exterior na Tríplice Fronteira”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

A obra conta com apoio do Governo do Estado e da Receita Federal, e integra um conjunto de investimentos em infraestrutura na região, como a duplicação da Rodovia das Cataratas, a construção da Perimetral Leste e da Ponte da Integração Brasil–Paraguai, além do novo pacote de concessões rodoviárias do Paraná.

“Foz do Iguaçu está vivendo uma transformação histórica, com grandes obras de infraestrutura que vão melhorar o acesso entre os países e tirar o tráfego pesado da área urbana. Agora, com esse investimento no Porto Seco, a logística regional será completamente redesenhada”, reforçou Ratinho Junior.

Operação prevista para 2026

Com início das obras autorizado pelo Instituto Água e Terra (IAT) em julho, a construção será dividida em duas fases. A nova unidade será instalada em um terreno de 550 mil m², às margens da BR-277, na saída de Foz do Iguaçu. A operação está prevista para começar em dezembro de 2026, com concessão válida por 35 anos.

Na primeira fase, serão aplicados R$ 240 milhões na implantação do pátio de caminhões e áreas operacionais. A estrutura contará com 197 mil m² de pátios, 7,2 mil m² de área coberta para armazenagem e vistoria, além de 600 m² de câmaras frias com três docas exclusivas para produtos perecíveis.

O complexo terá tecnologia de ponta, como balanças rodoviárias, scanners para inspeção não invasiva, sistemas automatizados de acesso, pesagem e identificação de veículos, inclusive para cargas excedentes. Também estão previstas áreas de apoio para os motoristas, com banheiros, espaços de descanso e estrutura para permanência segura.

Potencial para desafogar a logística regional

A nova unidade será quase três vezes maior que o Porto Seco atual, localizado na área urbana da cidade, e deve dobrar sua capacidade de movimentação. Em 2024, o terminal atual processou 8,6 milhões de toneladas em cargas, com receita de US$ 8,6 bilhões (cerca de R$ 47,4 bilhões).

“O novo Porto Seco representa um avanço significativo na mobilidade e transporte de cargas. É uma obra que mostra a confiança do setor privado em Foz do Iguaçu e seu potencial como centro logístico internacional”, destacou o prefeito Joaquim Silva e Luna.

O presidente da Multilog, Djalma Vilela, destacou que a empresa aposta na transformação da cidade em um dos principais polos logísticos do Mercosul. “Estamos construindo um terminal com capacidade para atender 2 mil caminhões por dia, com foco no crescimento futuro e na fluidez do tráfego. Será uma nova fronteira logística para Foz”, afirmou.

Outro projeto previsto é a instalação de um terminal de contêineres voltado para cargas paraguaias que hoje utilizam o Porto de Montevidéu. Com a nova estrutura, essas cargas poderão ser redirecionadas ao Porto de Paranaguá, reduzindo em 400 km o trajeto entre Assunção e o destino final.

Sobre a Multilog

Fundada em Santa Catarina, a Multilog é líder na administração de recintos alfandegados no Brasil e referência em soluções logísticas. Atua em 35 unidades espalhadas pelo país, com 2,2 milhões de metros quadrados em áreas de armazenagem, atendendo setores como alimentos, saúde, tecnologia, automotivo, químico, industrial, agronegócio e bens de consumo.

A empresa possui certificação como Operador Econômico Autorizado (OEA) e está presente em importantes pontos de fronteira do Mercosul. Iniciou sua operação em 1996, com a primeira Estação Aduaneira do Interior (EADI), e expandiu sua presença para Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e o Nordeste. Em 2023, inaugurou novas unidades em Dionísio Cerqueira (SC), Itajaí (SC) e Alphaville (SP), alcançando faturamento superior a R$ 1 bilhão.


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