O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (31), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. A ação faz parte da Operação Caixa Preta, que investiga suspeitas de crimes eleitorais em Roraima.
Em nota oficial, a CBF informou que Xaud “não é o centro das apurações” e reforçou que a operação não tem relação com o futebol ou com a confederação. A entidade também destacou que nenhuma documentação ou equipamento foi apreendido durante a ação, que durou cerca de 30 minutos, entre 6h24 e 6h52.
A Polícia Federal cumpriu dez mandados de busca e apreensão em Roraima e no Rio de Janeiro, além de determinar o bloqueio de R$ 10 milhões em contas dos investigados. Segundo fontes ligadas à investigação, o principal alvo da operação é a deputada federal Helena Lima (MDB-RR), da qual Xaud é suplente. A apuração apura suspeitas de compra de votos.
A investigação teve início ainda em 2024, após a prisão do empresário Renildo Lima, marido da deputada, durante as eleições municipais. Na ocasião, ele foi flagrado com R$ 500 mil, parte do dinheiro escondido na cueca.
Em comunicado, a CBF reafirmou que permanece à disposição das autoridades.
“O presidente Samir Xaud está tranquilo e pronto para colaborar com quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários”, conclui a nota.