A Polícia Federal cumpriu na manhã desta sexta-feira (18) mandados judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como parte de uma investigação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com fontes ouvidas pelo G1, as medidas fazem parte de um inquérito aberto pelo STF na última sexta-feira (11), dois dias após o anúncio do aumento de tarifas dos Estados Unidos. A investigação apura suspeitas de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataques à soberania nacional.
A operação foi confirmada pelos advogados de defesa de Bolsonaro, que classificaram as medidas como "severas", recebidas com "surpresa e indignação".
Os mandados estão sendo executados na residência do ex-presidente, em Brasília, e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL), legenda à qual Bolsonaro é filiado.
Entre as determinações do Supremo, Bolsonaro está obrigado a usar tornozeleira eletrônica, manter-se recolhido em casa no período das 19h às 7h e está proibido de acessar redes sociais. Ele também não poderá se comunicar com embaixadores, diplomatas estrangeiros ou com outros réus e investigados no processo — o que inclui seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Nota da defesa
Em nota, os advogados de Bolsonaro afirmaram:
"A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário.
A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial."