Londrina registra mais um óbito por dengue e total de mortes chega a seis em 2025

Da Redação
07/06/2025 09h55 - Atualizado há 1 dia

Londrina registra mais um óbito por dengue e total de mortes chega a seis em 2025
Vivian Honorato/NCom

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina divulgou, nesta quarta-feira (5), um novo boletim epidemiológico da dengue. Desde o início do ano, o município já contabilizou 17.820 notificações da doença, das quais 3.250 foram confirmadas e 10.228 descartadas. Outros 4.342 casos ainda estão em análise. O boletim também registra mais um óbito, elevando para seis o total de mortes por dengue em 2025.

A vítima é uma mulher de 50 anos, sem comorbidades, moradora da região Leste da cidade. Os sintomas começaram em 26 de abril, e o falecimento ocorreu quatro dias depois, em 30 de abril, na Irmandade Santa Casa de Londrina (Iscal). O caso passou por análise da Comissão de Revisão de Óbitos por Dengue antes de ser confirmado.

Além da dengue, a SMS registrou sete notificações de chikungunya. Até o momento, um caso foi confirmado (importado), três foram descartados e três seguem sob investigação.

Regiões com aumento de casos

O mapeamento da incidência por área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) identificou três regiões com aumento no número de notificações: União da Vitória, Panissa e Mister Thomas. Já nos distritos rurais, o cenário segue estável, sem crescimento significativo de notificações.

Segundo o gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas, o município mantém estado de atenção constante diante do atual cenário.

“Panissa, Mister Thomas e União da Vitória vêm apresentando aumento nos casos notificados, o que exige ações intensificadas, como controle vetorial, visitas domiciliares, campanhas educativas e eliminação de criadouros. Nenhuma UBS, até agora, apresenta alta incidência, o que mostra que parte das estratégias tem sido eficaz, mas é essencial manter o engajamento da população”, destacou Ribas.

Frio não elimina o risco
Apesar das temperaturas mais baixas, o risco de transmissão permanece alto, alerta Ribas.

“O frio reduz a circulação do mosquito adulto, mas não significa menor perigo. Nesta época, a fêmea do Aedes aegypti deposita ovos em locais protegidos da luz e do frio — como calhas, ralos, pneus e caixas d’água. Esses ovos são altamente resistentes e podem sobreviver por até um ano, aguardando calor e água para eclodirem. Ou seja, o inverno é um período crítico para o acúmulo silencioso de ovos, o que pode gerar surtos quando o clima esquentar”, explicou.

Ações preventivas e vacinação
Para conter a transmissão, a SMS continuará promovendo mutirões de limpeza quinzenais, com foco nos bairros que apresentam tendência de aumento nos casos. Essas ações incluem a remoção de entulhos, orientações aos moradores, eliminação de criadouros e a colaboração intersetorial com outras secretarias e parceiros para reforçar as atividades logísticas.

A secretaria também reforça a importância da vacinação contra a dengue, atualmente disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

“A vacina é uma ferramenta fundamental para reduzir a gravidade da doença e controlar novos casos. É essencial que os pais levem seus filhos às unidades de saúde para garantir a imunização no prazo correto”, completou Ribas.


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