Prefeitura de Maringá reforça combate à dengue mesmo durante o inverno

Da Redação
06/06/2025 11h00 - Atualizado há 1 dia

Prefeitura de Maringá reforça combate à dengue mesmo durante o inverno
Rafael Macri/PMM

A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, alerta a população sobre a importância de manter os cuidados contra a dengue também nos meses mais frios do ano. Apesar da redução na proliferação do mosquito Aedes aegypti entre junho e setembro, os riscos permanecem, já que os ovos do inseto podem sobreviver por mais de um ano em locais secos e eclodir ao entrar em contato com a água.

Segundo o 2º Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, realizado entre 5 e 9 de maio, 80% dos focos do mosquito foram encontrados dentro das residências. Os criadouros mais comuns continuam sendo pequenos recipientes com água parada, como vasos e pratos de plantas, frascos, bebedouros, fontes ornamentais e compartimentos de geladeiras.

Visitas domiciliares e uso de inseticidas
Para conter o avanço da doença, os agentes de combate às endemias intensificaram as visitas domiciliares. De 1º de janeiro a 5 de junho, foram vistoriadas 178.981 casas. No entanto, o acesso às residências ainda enfrenta resistência por parte dos moradores.

“É fundamental que a população colabore e receba bem os agentes. Mesmo com a queda nas temperaturas, precisamos manter os cuidados. Maringá registrou recentemente dois óbitos por dengue, ambos de idosos com comorbidades, que faleceram em abril, no pico da epidemia”, alertou o secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi.

A Prefeitura também segue com a aplicação de inseticidas em locais de grande circulação de pessoas, como o Terminal Intermodal, a Rodoviária, o Aeroporto, a Catedral, o Paço Municipal, o Hospital Municipal, as UPAs e UBSs.

Entre as estratégias utilizadas está a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI Aedes), com o inseticida Fludora Fusion, recomendado pelo Ministério da Saúde. O produto permanece ativo por até seis meses em superfícies porosas, formando uma barreira que impede o pouso e a desova do mosquito.

Em áreas abertas, como o Parque de Exposições e cemitérios, foi aplicado o inseticida Cielo, também indicado pelo Ministério da Saúde, que combate os mosquitos em voo.

Mapeamento e nova metodologia de combate
A Secretaria de Saúde também realizou um mapeamento das áreas de maior risco para focos de dengue, com atenção especial a locais como ferros-velhos, borracharias, cemitérios, residências de recicladores e de pessoas com acúmulo de materiais.

Além disso, está sendo implantada uma nova metodologia que cruza dados epidemiológicos com o uso de ovitrampas – armadilhas que detectam a presença de ovos do mosquito. A combinação dessas informações permite intervenções mais precisas nos pontos mais críticos da cidade.

“Antes, monitorávamos apenas a presença do mosquito. Agora, também analisamos os casos confirmados de dengue em cada região, o que nos permite direcionar as ações de forma mais eficiente”, explicou o gerente de Zoonoses, Victor Ravaneli.


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