A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina divulgou um novo boletim epidemiológico sobre a dengue. Desde o início do ano, foram contabilizadas 16.246 notificações da doença, sendo 2.746 casos confirmados, 8.856 descartados e outros 4.644 ainda em investigação. O município mantém o registro de cinco óbitos provocados pela dengue.
Além disso, o boletim trouxe informações sobre a chikungunya: foram cinco notificações, com um caso confirmado (importado), um descartado e três em análise.
O mapa de incidência da dengue por região, com base nas áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), aponta crescimento no número de notificações em quatro localidades: União da Vitória, Panissa, Carnascialli e Vivi Xavier. Já o distrito de Maravilha, na zona rural, apresenta um cenário de incidência elevada da doença.
De acordo com o gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas, a secretaria está monitorando de perto o avanço da dengue em áreas críticas e já intensificou as ações de combate.
— As regiões atendidas pelas UBSs Panissa, Carnascialli, Vivi Xavier e União da Vitória apresentam tendência de aumento nos casos. O distrito de Maravilha já está em situação mais grave, o que exige medidas urgentes. Nossas equipes estão reforçando as visitas domiciliares, eliminando focos do mosquito, aplicando inseticidas e orientando a população — destacou Ribas.
O gerente também enfatizou que a participação da comunidade é essencial para o controle da doença.
— A luta contra a dengue é responsabilidade de todos. É fundamental que os moradores eliminem recipientes que acumulam água e colaborem com os agentes de saúde durante as vistorias. A Prefeitura segue em alerta, com equipes atuando nos pontos mais afetados. Precisamos do apoio da população para evitar novos casos — completou.
Ações de combate vêm sendo reforçadas com estratégias baseadas em dados e tecnologia. Entre elas, estão:
Instalação de ovitrampas: 1.100 armadilhas foram colocadas em áreas urbanas e rurais para monitorar a presença de ovos do mosquito.
Nebulização e borrifação: aplicação de inseticidas com equipamentos de Ultra Baixo Volume (UBV) e ação intradomiciliar em locais com maior concentração de casos, como terminais e UBSs.
Georreferenciamento: mapeamento de casos e focos para otimizar o direcionamento das ações.
Uso de drones: em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), drones ajudam a identificar possíveis criadouros do Aedes aegypti.
Mobilização comunitária: distribuição de sacos verdes para descarte de objetos inservíveis em áreas com alta incidência e campanhas educativas em escolas, comércios e locais públicos.
Denúncias
A população pode contribuir denunciando possíveis focos do mosquito pelo Disque-Dengue, no telefone 0800-400-1893 (segunda a sexta, das 8h às 17h) ou pelo site.