Atendimento a pessoas em situação de rua cresce quase 70% no 1º quadrimestre em Foz do Iguaçu

Da Redação
19/05/2025 11h23 - Atualizado há 5 dias

Atendimento a pessoas em situação de rua cresce quase 70% no 1º quadrimestre em Foz do Iguaçu
Reprodução/PMFI

O número de atendimentos a pessoas em situação de rua cresceu de forma expressiva em Foz do Iguaçu no primeiro quadrimestre de 2025. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Assistência Social, o total de abordagens realizadas pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) subiu 69,5% em comparação com o mesmo período do ano passado, passando de 2.356 para 3.995. Os serviços ofertados aumentaram 69,9%, enquanto os encaminhamentos quase dobraram, saltando de 754 para 1.308 – uma alta de 73,5%.

“Estamos construindo uma Foz do Iguaçu melhor para se viver. Uma cidade que cuida de quem mais precisa com dignidade, que oferece segurança para seus moradores e turistas, e que se mantém limpa e bem cuidada. Esse é o nosso compromisso com a população e com o futuro da cidade”, afirma o prefeito General Silva e Luna.

Reestruturação e reforço de pessoal

A Prefeitura atribui os resultados à reestruturação do SEAS, com a ampliação da equipe, mudança de sede e reforço nas ações em regime de plantão 24 horas. Desde o início da gestão Silva e Luna, o número de educadores sociais passou de 9 para 13, e a base da equipe foi transferida para a sede da Secretaria de Assistência Social, no centro da cidade.

“Qualificamos a resposta do SEAS, dando a ele o seu devido papel. Trouxemos a unidade para um espaço mais centralizado, com melhor estrutura e articulação com os demais serviços”, diz o secretário municipal de Assistência Social, Alex Thomazi.

Identificação e acolhimento

O SEAS realiza ações diurnas e noturnas diariamente, em parceria com a Guarda Municipal, com foco em identificar e acolher pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social, incluindo pessoas em situação de rua, crianças e adolescentes em situação de risco, entre outros.

Após a abordagem, as pessoas são convidadas a se dirigir ao Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, o Centro Pop. No local, recebem escuta psicossocial, participam de oficinas e têm acesso a banho, alimentação e lavanderia. Após as 19h, quando o centro fecha, os acolhimentos passam a ser feitos nas casas de passagem da cidade.

Segundo o diretor da Proteção Especial, Sidney Ribeiro, a recusa ao atendimento também faz parte do processo. “Trabalhamos com escuta ativa, respeito e cuidado. Muitas vezes, a pessoa está em trânsito, vem de outro estado ou país e ainda não está pronta para aderir aos serviços. Nosso trabalho é insistir, sempre com dignidade”, afirma. O número de recusas também aumentou no comparativo: de 1.307 para 2.556.

Thomazi destaca que o fortalecimento do SEAS é parte da política de prevenção e proteção social da atual gestão. “O serviço ganhou protagonismo. Estamos oferecendo uma atuação mais qualificada e eficiente. E os números mostram isso.”

1º Censo para população em situação de rua do interior do Brasil

Um dos próximos passos da secretaria é a realização do primeiro censo da população em situação de rua do interior do Brasil. Segundo Thomazi, mais de 27 instituições já estão mobilizadas para a iniciativa, que pretende oferecer um diagnóstico preciso para planejar políticas públicas com mais eficiência.

“A articulação entre diferentes secretarias e organizações da sociedade civil tem sido essencial. Estamos criando uma rede sólida, capaz de garantir não só acolhimento, mas também reinserção social”, diz o secretário.

“Nosso foco é garantir direitos, proteger vidas e construir oportunidades com dignidade e seriedade.”

Alex Thomazi , secretário municipal de Assistência Social.

Casas de acolhimento

A prefeitura mantém três casas de passagem que oferecem acolhimento por até 90 dias. Os espaços fornecem alimentação, kits de higiene, roupas, atendimento médico, auxílio para emissão de documentos e inserção no mercado de trabalho.

• A Casa de Passagem I – Mão Amiga, no Jardim São Paulo, atende idosos, famílias e mulheres com crianças.

• A Casa de Passagem II, no bairro Porto Belo, é voltada ao acolhimento de homens.

• A Casa de Passagem III – Lar Esperança, no Jardim América, recebe homens e mulheres, com prioridade para migrantes e refugiados.

“O objetivo é criar condições para a reinserção familiar ou comunitária. Cada caso é único, e nosso papel é oferecer oportunidades de recomeço”, afirma Thomazi.

Serviço

O Centro Pop funciona todos os dias, das 7h às 19h, na rua Monsenhor Guilherme, 527, Jardim São Paulo. Informações: (45) 3901-3261.

As equipes do SEAS podem ser acionadas a qualquer hora, gratuitamente, pelo número 0800 045 1407.

“Nosso foco é garantir direitos, proteger vidas e construir oportunidades com dignidade e seriedade”, finaliza Thomazi.


Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp