Hospital Universitário de Londrina passa a aplicar vacina BCG em recém-nascidos antes da alta

SESA-PR

Desde a noite de quinta-feira (8), os recém-nascidos da maternidade do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU-UEL) passaram a receber a vacina BCG ainda durante a internação. A imunização, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), protege contra as formas graves da tuberculose e agora é aplicada antes da alta hospitalar, seguindo diretriz da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa).

A iniciativa faz parte da estratégia estadual de ampliar a vacinação nas primeiras horas de vida, especialmente em maternidades de alto risco – unidades que atendem casos mais delicados. O HU-UEL é a 29ª maternidade do Paraná a adotar essa prática. A implementação começou em fevereiro deste ano, incluindo também a maternidade Mater Dei, em Curitiba.

“O nosso objetivo é expandir essa estratégia dentro das maternidades para aumentar a cobertura vacinal e garantir a proteção dos recém-nascidos contra a tuberculose”, destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

A aplicação precoce da BCG é recomendada tanto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto pelo Ministério da Saúde (MS), sendo idealmente feita nas primeiras horas ou nos primeiros 30 dias de vida.

Para garantir a segurança do processo, 12 profissionais da unidade foram capacitados pela 17ª Regional de Saúde de Londrina, com apoio da maternidade municipal Lucilla Ballalai. Desde o início da ação, 13 bebês já foram vacinados no HU-UEL.

Na capital, o Hospital de Clínicas e a maternidade Mater Dei continuam avançando com capacitações e parcerias para implantar a vacinação de forma efetiva.

Crianças que não puderem receber a BCG na maternidade — como nos casos de recém-nascidos com peso inferior a dois quilos — devem ser imunizadas na primeira visita à unidade básica de saúde. A vacina pode ser aplicada até os 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme orientações do Ministério da Saúde.

“No Paraná, temos uma excelente cobertura vacinal da BCG, com índice de 99,59%, superior à média nacional. Mesmo assim, antecipar a aplicação nas maternidades é uma forma de proteger os bebês o quanto antes”, reforçou Virginia Dobkowski Franco dos Santos, chefe da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização da Sesa.