Após o anúncio de que o Lago Igapó II precisaria ser esvaziado para o reparo de um dos vertedouros – estrutura responsável pelo controle do nível e da vazão da água –, foram adotadas medidas provisórias para conter o vazamento até que uma solução definitiva seja definida.
Diferentemente do informado no sábado, o lago não será esvaziado neste momento, pois a contenção realizada com bags de areia, cada um pesando mais de uma tonelada, mostrou-se eficaz. Como resultado, o nível do Igapó já subiu mais de 12 centímetros, embora ainda esteja 30 centímetros abaixo do normal.
O baixo nível da água já provocou a morte de mexilhões e peixes, causando mau cheiro nas áreas próximas à margem. Além disso, ainda é possível ver partes do solo do lago que, até recentemente, estavam submersas.
A contenção adotada é uma solução temporária para permitir que a equipe da Secretaria de Obras avalie a melhor forma de realizar o reparo definitivo. No entanto, ainda não há previsão para o início das obras.
O tema será debatido ao longo da semana em reuniões técnicas com representantes de diferentes secretarias municipais, incluindo a SEMA, responsável pelo meio ambiente, e o projetista dos vertedouros, Costa Branco.
O secretário de Obras, Otávio Gomes, explicou que a decisão de adiar o esvaziamento do lago se deve ao impacto ambiental que a medida poderia causar, como a morte de animais e a contaminação da lama do fundo. Ele ressaltou que o processo de desassoreamento é mais complexo do que aparenta.
A medida provisória da Prefeitura terá validade de uma semana. Neste período, agentes da Secretaria de Segurança Pública em conjunto com especialistas, vão vistoriar o local.