Reprodução/PMFI Com a chegada do verão e o aumento das chuvas, a Prefeitura de Foz do Iguaçu ampliou o planejamento estratégico para combater a dengue e prevenir surtos da doença no município. Sob coordenação da Secretaria Municipal da Saúde e do Bem-Estar, o trabalho envolve ações de fiscalização, monitoramento e conscientização da população, além de reuniões regulares do Comitê Municipal e Regional de Dengue.
De acordo com o secretário municipal responsável pela pasta, Fabio de Mello, o Município já realizou o diagnóstico situacional com os setores de vigilância epidemiologia e ambiental. A partir desse levantamento, a prefeitura definiu o plano estratégico para conter o avanço do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
“Estamos organizando reuniões internas e do comitê de dengue para ajustar as estratégias conforme o cenário epidemiológico. Nosso objetivo é garantir o acesso da população às consultas, à hidratação e, se necessário, ampliar a estrutura hospitalar com leitos clínicos e de UTI para atendermos a demanda da melhor forma”, explicou Mello.
Além disso, o Município trabalha para engajar a população na limpeza de quintais e terrenos baldios, locais que frequentemente acumulam água parada e servem de criadouros para o mosquito.
Monitoramento constante A enfermeira Priscila Paiva Cabral, da Vigilância Epidemiológica e Ambiental, destaca que o monitoramento do ano epidemiológico da dengue começou em agosto de 2024. “Até o momento, registramos 2.457 casos notificados e 344 confirmados. Nossa preocupação é evitar um aumento expressivo desses números, especialmente porque Foz do Iguaçu tem uma série histórica de alta incidência da doença”, afirmou.
A Vigilância também reforça a importância de identificar os sintomas iniciais, como febre, dores musculares, manchas pelo corpo e náuseas, e procurar atendimento médico imediato. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações”, acrescentou Priscila.
Ações do CCZ O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) desempenha um papel fundamental nas ações preventivas. Segundo Renata Defante Lopes, supervisora técnica do órgão, o trabalho inclui vistorias em imóveis, com orientação aos moradores e eliminação de criadouros. Locais de alto risco, como ferros-velhos e borracharias, são vistoriados a cada 15 dias.
“Também utilizamos armadilhas distribuídas a cada 300 metros para monitorar a infestação do mosquito. Isso nos permite identificar as áreas de maior risco e intensificar as ações nesses locais”, explicou Renata.
A supervisora reforçou a necessidade de colaboração da população. “Cerca de 70% dos criadouros estão dentro das casas. Por isso, é essencial que cada morador dedique alguns minutos para verificar recipientes que possam acumular água e realizar uma limpeza regular no quintal”, alertou.
Penalidades para imóveis abandonados Para combater criadouros em imóveis abandonados, a Prefeitura conta com a atuação do Comitê de Dengue e da Secretaria da Fazenda, que podem realizar ingressos forçados nos locais mais problemáticos. Proprietários que não tomarem medidas para evitar a proliferação do mosquito estão sujeitos à aplicação de multas.
Vacinação e conscientização Outra frente de trabalho é a vacinação contra a dengue, oferecida a crianças de 10 a 14 anos em unidades básicas de saúde. A medida faz parte de uma estratégia nacional para proteger as faixas etárias mais vulneráveis e evitar complicações da doença.
“Além das ações de fiscalização e monitoramento, estamos focados em conscientizar a população sobre a importância da prevenção, que deve ocorrer durante todo o ano, e não apenas nos períodos de maior calor e chuva”, ressaltou Priscila.
Compromisso coletivo As autoridades destacam que o sucesso no combate à dengue depende de um esforço coletivo entre poder público e moradores. “O verão é o cenário ideal para o mosquito, mas com a colaboração da população podemos reduzir significativamente os casos e proteger a saúde de todos”, concluiu Renata. Com ações integradas e o envolvimento de diversos setores, a Prefeitura de Foz do Iguaçu busca garantir um verão mais seguro e livre de epidemias.