Um grupo de parlamentares da Assembleia Legislativa do Paraná – membros da Comissão de Saúde Pública – encaminhou ações para reabertura do Hospital Metropolitano de Sarandi (norte do Estado) e para melhoria do uso de recursos nos hospitais que atendem o SUS (Sistema Único de Saúde) no Paraná.
Após audiência pública realizada em Maringá nesta quinta-feira (21/11), integrantes da comissão propuseram encaminhar um projeto de lei para ampliar o monitoramento das unidades hospitalares.
A deputada Márcia Huçulak (PSD), sugeriu, ainda, alteração no cronograma de reabertura previsto para a unidade, que está fechada e sob intervenção desde o final de outubro.
Além de Márcia, o debate contou com a presença dos deputados Tercílio Turini (presidente da comissão), Evandro Araújo, Delegado Jacovós e Arilson Chiorato, da diretora da 15ª Regional de Saúde/Maringá, Elisabete Kobayashi, do diretor-interventor Rogério Kuntz e representantes da sociedade civil.
“Nós temos um sistema de saúde no limite, não podemos aceitar que se feche um serviço de saúde”, disse Márcia. “Nós, deputados, temos buscado apoiar a destinação de recursos para melhorar as estruturas de saúde e o atendimento à população.”
Prioridades do cronograma A deputada sugeriu e irá encaminhar à Sesa, a inversão do cronograma previsto para reabertura do hospital, de forma a priorizar mais rapidamente o atendimento de urgência e emergência, do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e da abertura dos leitos de retaguarda.
Pelo programa apresentado pelo interventor Rogério Kuntz, a reabertura dos serviços ocorreria a partir de dezembro de 2024, começando pela área de apoio diagnóstico. Em janeiro seria a vez dos leitos clínicos. Somente a partir de maio de 2025 seriam retomados os atendimentos de urgência e emergência e demais áreas do hospital.
Márcia ponderou que o setor de urgência e emergência é especialmente demandado nesta época de fim de ano, pelo aumento, por exemplo, da movimentação nas estradas e no trânsito das cidades – e, portanto, de acidentes. Além disso, o crescimento da população idosa vem resultando em aumento dos casos de quedas. “A urgência e emergência vem trabalhando sob pressão desde o fim da pandemia”, completou.
Financiamento De acordo com a deputada, o hospital pode receber até R$ 3,7 milhões por mês para custeio, com fontes no governo federal e estadual. “É um valor substancial. Com boa gestão, se consegue manter um bom serviço para as pessoas”, afirmou ela.
A intervenção no Hospital Metropolitano foi determinada pela Justiça após pedido do Ministério Público, em decorrência de supostas irregularidades na administração da unidade que culminaram em dificuldades na manutenção dos serviços e o seu fechamento.
Com a intervenção, os pacientes que ainda permaneciam internados tiveram que ser transferidos para outras unidades hospitalares do Estado. A Sesa designou um interventor proveniente da Santa Casa de Curitiba para a administração do hospital.
O Hospital Metropolitano atende pacientes de 30 municípios que fazem parte da 15ª Regional de Saúde/ Maringá.