03/10/2024 às 10h00min - Atualizada em 03/10/2024 às 10h00min

Ícone do jornalismo brasileiro, Cid Moreira morre aos 97 anos, no Rio de Janeiro

Da Redação

Reprodução/Redes Sociais
Faleceu nesta quinta-feira (3) o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, uma das figuras mais icônicas da televisão brasileira, aos 97 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e, nas últimas semanas, tratava uma pneumonia.

Desde 2022, Cid enfrentava problemas renais, o que o levou a realizar sessões de diálise. Devido a essa condição, ele se mudou para uma residência próxima ao hospital, onde passou a ser tratado em casa, com o auxílio de sua esposa e uma equipe médica.


Devido aos problemas de saúde, Cid Moreira estava há algum tempo sem trabalhar e vivia junto da sua família no Rio de Janeiro. 

TRAJETÓRIA

Cid Moreira nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927, e completou 97 anos no último domingo (29).

Sua carreira começou no rádio, em 1944, após ser incentivado por um amigo a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Nos anos seguintes, narrou comerciais e, em 1949, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.

Em 1951, Cid se transferiu para o Rio de Janeiro, onde foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Durante esse período, entre 1951 e 1956, começou a atuar na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas como "Além da Imaginação" e "Noite de Gala", da TV Rio.

Sua estreia como locutor de noticiários ocorreu em 1963, no "Jornal de Vanguarda", da TV Rio, marcando o início de sua trajetória no jornalismo televisivo. Nos anos seguintes, trabalhou nesse programa em diversas emissoras, como Tupi, Globo, Excelsior e Continental, consolidando sua presença na TV.

Entretanto, foi no Jornal Nacional que Cid Moreira alcançou seu maior reconhecimento, apresentando o telejornal por mais de 8 mil edições. Dois anos após sua entrada no JN, iniciou uma parceria de sucesso com Sérgio Chapelin. Por 26 anos, Cid foi o principal rosto do telejornal, tornando sua voz sinônimo de credibilidade e seu famoso "boa-noite" um ícone da televisão brasileira.

Em 1996, com a reformulação do Jornal Nacional, novos apresentadores assumiram, como William Bonner e Lillian Witte Fibe, enquanto Cid Moreira passou a se dedicar à leitura de editoriais.

Paralelamente, Cid Moreira também teve uma participação marcante no Fantástico desde a estreia do programa, em 1973, alternando a apresentação com outros profissionais. Em 1999, ele se destacou ao narrar o famoso quadro de Mr. M, que se tornou um grande sucesso. Sua voz tão característica ficou tão associada ao quadro que, no ano seguinte, Cid entrevistou o próprio Mr. M durante a visita do ilusionista ao Brasil.

A partir dos anos 1990, Cid passou a se dedicar à gravação de salmos bíblicos, e em 2011, concretizou o objetivo de gravar a Bíblia completa, um projeto que se tornou um grande sucesso de vendas.

Em 2010, foi lançada sua biografia, intitulada Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil, escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira. Durante a Copa do Mundo daquele ano, ele gravou a icônica vinheta “Jabulaaani!” para o Fantástico e programas esportivos da Globo, acrescentando mais um capítulo à sua consagrada carreira.


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