13/09/2024 às 10h00min - Atualizada em 13/09/2024 às 10h00min

​Itaipu e Itaipu Parquetec lançam em Curitiba (PR) projeto de 20 Núcleos de Cooperação Socioambiental

Da Redação

William Brisida/Itaipu Binacional
A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec, por meio do Governo Federal, anunciaram nesta quarta-feira (11) em Curitiba (PR) o lançamento de 20 Núcleos de Cooperação Socioambiental. A iniciativa reunirá governos, universidades, organizações da sociedade civil e empresas para construir um futuro mais sustentável para 434 municípios no Paraná e do sul do Mato Grosso do Sul. 

Essa ação, que é parte do programa Itaipu Mais que Energia, tem como objetivo fortalecer a participação da sociedade na busca por soluções para os desafios socioambientais, como as mudanças climáticas. Os núcleos atuarão como espaços de diálogo e colaboração, promovendo a troca de conhecimentos e o desenvolvimento de projetos conjuntos.

 
Outro aspecto importante é que os núcleos serão ambientes apartidários, voltados ao bem comum da sociedade. “Os núcleos nascem da missão de unir compromisso ambiental e social. A ideia é juntar forças, com ministérios e movimentos sociais, para trabalhar juntos. O objetivo é um país mais justo, social e ambientalmente. Queremos construir uma grande massa no movimento, criando uma consciência ambiental e social”, afirmou o diretor geral da Itaipu Binacional Enio Verri. 

O evento reuniu mais de 200 pessoas no Auditório de Administração da Universidade Federal do Paraná (UFPR) que também serviu de local para a primeira atividade presencial com integrantes dos núcleos de Curitiba e Região Metropolitana e Suleste Paranaense. Foi o primeiro encontro presencial desta agenda inicial, que termina em 25 de outubro em Dourados (MS) onde também será criado um núcleo. Já os 19 restantes cobrirão o território paranaense. 
 
“A iniciativa é uma importante mensagem sobre a necessidade de cada um de nós, cada cidadão e cidadã, se mobilizar em defesa do meio ambiente”, afirmou o diretor do Departamento de Educação Ambiental e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marcos Sorrentino.

O Reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca destacou a importância da cooperação ambiental entre a universidade e Itaipu e elogiou a sensibilidade da Itaipu para questões ambientais e a integração da sociedade civil. “A UFPR, como a universidade mais antiga do Brasil, tem um papel crucial em ações e reflexões sobre sustentabilidade” afirmou Fonseca. 
 
O Reitor ainda mencionou a contribuição dos pesquisadores da UFPR no diagnóstico da qualidade do ar e outros estudos ambientais e ressaltou a importância de unir esforços para enfrentar desafios como as queimadas.
 
No evento também foi distribuída uma cartilha informativa com informações sobre o programa Itaipu Mais que Energia, que reúne iniciativas da empresa que vão da preservação ambiental ao apoio a projetos sociais. 
 
Empoderar as pessoas
Os núcleos estão sendo constituídos por representantes de municípios, universidades, movimentos sociais, organizações cooperativas e empresas, entre outros. A expectativa é que cada núcleo se reúna bimestralmente, on-line ou presencialmente.
 
A assistente social Angela Maria Azevedo Padilha esteve no evento representando os Movimentos Sociais. “Para minha formação, quando se busca trabalhar nos territórios da região, tanto da região metropolitana quanto do Paraná, o projeto vem ao encontro do que a gente já faz na nossa instituição, que é trabalhar em pequenos blocos com a viabilidade de trabalho e renda, com o objetivo de empoderar as pessoas e fornecer o subsídio da sustentabilidade e da geração de renda local. Isso para a gente é bem importante”.
 
Padilha participa da direção executiva do Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (Cefuria) e é conselheira titular no Conselho Municipal de Economia Solidária de São José dos Pinhais. 
 
No fim da manhã, o presidente do Sindicato da Agricultura Familiar de Itaperuçu, Joaquim Gregório Rausis fez um balanço do encontro. “Está dentro da minha expectativa. O que estou ouvindo dos companheiros da Itaipu é que esse convívio, de achar que a coisa tem que ser de dentro para fora, está alinhado com o que pensamos e ainda buscamos”, afirmou. 
 
Colaboração em escala
Os Núcleos de Cooperação Socioambiental serão um espaço propício para o acesso a informações qualificadas que auxiliarão na tomada de decisões, troca de conhecimentos, diagnóstico de problemáticas comuns, construção de projetos colaborativos e fortalecimento de redes locais. 
 
O diagnóstico territorial é a primeira atividade prática. A atividade é guiada por um especialista em governança participativa e meio ambiente, com o auxílio de coordenadores que conhecem bem os territórios. Esse também é um momento para que os participantes compreendam melhor o conceito de governança participativa, um processo colaborativo para a construção conjunta, transparente e democrática, de soluções mais eficazes para desafios coletivos. 
 
Os núcleos receberão formações que começarão com temáticas voltadas à sustentabilidade, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Além das capacitações oferecidas pela Itaipu e Itaipu Parquetec, o cardápio será ampliado com a oferta de cursos pelas próprias entidades participantes. Durante um encontro preliminar sobre o tema, realizado em agosto na Itaipu, representantes de diversas universidades conveniadas com a binacional já se colocaram à disposição para ampliar a oferta de cursos e pesquisas. 
 
Com a Itaipu e o Itaipu Parquetec liderando essa formação, os núcleos aproximarão ainda mais do Governo Federal dos territórios. Uma das prerrogativas é divulgar as oportunidades capazes de ajudar nos desafios diagnosticados, como editais públicos lançados pelos ministérios. 
 
Inicialmente, a participação nos Núcleos será por meio de representantes de instituições convidadas, mas a ideia é expandir o movimento para que a iniciativa se perpetue ao longo dos anos. 
 
O diretor-superintendente do Itaipu Parquetec, professor Irineu Colombo, enfatizou a importância da participação da sociedade. “Se não trouxermos a população, o movimento popular, o sindicato, a associação, o morador do bairro para viabilizar o projeto, não adianta nada", concluiu.


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