22/08/2024 às 11h00min - Atualizada em 22/08/2024 às 11h00min

Londrina se prepara para receber supercomputadores e centro tecnológico

Da Redação

Divulgação/Thomé Lopes
Nesta quarta-feira (21), representantes do Estação 43, o ecossistema de inovação de Londrina, e do Sebrae/PR receberam uma comitiva de representantes do Centro de Desenvolvimento de Computação Avançada (C-DAC), instituição de referência em pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia da Índia. O objetivo foi apresentar o trabalho de governança e fomento à inovação realizado no Município, escolhido pelos indianos para receber um supercomputador e um centro tecnológico, a partir de parceria firmada com o Governo do Estado.

Os supercomputadores possuem alta capacidade de processamento de dados e vão permitir o avanço acelerado das pesquisas científicas em áreas como bioinformática, agricultura de precisão, genômica e inteligência artificial. A previsão é de que uma máquina seja instalada no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR). A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) deverá receber a outra máquina. A projeção é que o Paraná tenha, no futuro, supercomputadores em cada universidade estadual, entre elas a UEL. 


A parceria visa a transferência de tecnologia, a partir da expertise dos indianos, para que o Estado possa fabricar e montar os seus próprios equipamentos. 

Membro do Estação 43, o Sebrae/PR trabalhou na articulação para a vinda da comitiva indiana a Londrina. A consultora do Sebrae/PR, Danubia Milani, diz que a escolha da cidade para receber os primeiros supercomputadores do Estado revela o potencial do município na área de tecnologia, que possui uma cultura forte em inovação e infraestrutura tecnológica.

“O C-DAC já tem parceria com a TCS, multinacional indiana que está instalada em Londrina, e a vinda dos supercomputadores representa um ganho significativo para a nossa cidade”, destaca.

O pesquisador sênior da Fundação Araucária, Jorge Edson Ribeiro, explica que o Paraná tem deficiência na área de poder computacional e de armazenamento de dados estratégicos. O projeto com os indianos prevê resolver esse problema, levando alto poder computacional para as universidades estaduais, o que vai colocar as pesquisas em diversos campos de conhecimento em outro patamar, e contribuir com as empresas paranaenses interessadas em desenvolver soluções em Inteligência Artificial. 

Ribeiro explica que, nos últimos anos, o Paraná investiu em um projeto de redes de conectividade de alta velocidade capazes de receber a tecnologia. O pesquisador informa que o Estado encontrou na Índia um parceiro que se propôs a compartilhar conhecimento e promover a transferência de tecnologia, o que é fundamental para que o Paraná desenvolva suas próprias máquinas e garanta sua soberania em diversas áreas de pesquisa, como a genômica, de inteligência artificial e industrial, por exemplo. Essa capacitação se dará por meio do programa The National Supercomputing Mission (NSM).

“A verdade é que, se nós não tivermos um centro de formação de pessoas especializadas nessa área, o projeto não se torna sustentável e, dentro de pouco tempo, tende a ser substituído pelo que hoje ainda existe no Brasil, que é a questão de aquisição de máquinas e a dependência delas. Para que nós realmente deixemos de ter essa dependência, nós precisamos de pessoas capacitadas, não só para usar as máquinas em seus projetos, mas também para saber como operá-las e mantê-las”, afirma.

O diretor superintendente do Estação 43, Roberto Moreira, diz que firmar parceria com o C-DAC, uma instituição indiana de referência e renomada internacionalmente, representa um importante diferencial para o Paraná e Londrina. Na era da inteligência artificial, as máquinas com alta capacidade de processamento de dados serão úteis para o desenvolvimento de projetos tecnológicos pelas universidades, poder público e empresas.

“Todas as governanças de Londrina já podem começar a pensar em projetos com inteligência artificial”, sugere.

A comitiva foi recebida por lideranças das governanças do Estação 43 no auditório do Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (Ceal) e Sindicato da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon Paraná Norte).


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