A Itaipu Binacional, em parceria com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e a Fundação Universitária do Campus de Marechal Cândido Rondon (Fundecamp), assinou nesta sexta-feira (26) um convênio para promover a agricultura orgânica na região. O valor do investimento será de R$ 11,8 milhões, sendo R$ 6,9 milhões de recursos financeiros da Itaipu. A universidade e a fundação entrarão com R$ 4,5 milhões e R$ 445,3 mil, respectivamente, como contrapartidas econômicas.
Um dos objetivos da parceria é converter o plantio direto como sistema de manejo de solo na produção de orgânicos. O trabalho envolve ainda desenvolver projetos de pesquisa aplicada para buscar soluções de problemas recorrentes dos sistemas orgânicos, como o manejo de doenças e pragas; melhorias nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo; desenvolvimento e adaptação de tecnologias voltadas ao sistema de produção agroecológico; manutenção do Centro Vocacional Tecnológico em Agroecologia (CVT), entre outras.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, observou que o debate sobre os efeitos dos agrotóxicos na saúde das pessoas vem ganhando força até mesmo em foros internacionais, como o G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta e é presidido, neste ano, pelo Brasil. No final de setembro e começo de outubro, Foz do Iguaçu receberá uma das reuniões do G20, com patrocínio da Binacional. Verri lembrou ainda que a agricultura sustentável é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas – o ODS 2.
“A Unioeste tem uma grande equipe de pesquisadores, com publicações que resultam em aplicações na vida real. Os agricultores familiares aprendem a produzir mais e melhor, a escoar a produção e a ter um rendimento melhor. Nós, que somos consumidores urbanos, também somos beneficiados com um alimento melhor e mais saudável. Por isso, é uma honra assinar esse convênio”, disse o diretor.
O reitor da Unioeste, Alexandre Almeida Webber, agradeceu a Itaipu pela parceria e destacou a importância da pesquisa para o desenvolvimento da agricultura sustentável, defesa do meio ambiente e a formação dos novos profissionais. “A pesquisa não apenas forma, ela transforma os nossos alunos”, acentuou. Ainda segundo ele, “se não preservarmos o meio ambiente, se não cuidarmos de uma produção mais sustentável, daqui a pouco os recursos naturais param de existir e, com isso, a existência da humanidade”.
Outras ações Dentro da parceria Itaipu/Unioeste/Fundecamp, serão contratados um bolsista da graduação para divulgação e extensão; quatro bolsistas de iniciação científica; dois bolsistas de pós-doutorado; um bolsista tecnológico regional; um auxiliar administrativo e dois auxiliares de campo.
Os investimentos em equipamentos incluem a compra de trator, quadriciclo amostrador de solo, unidade de beneficiamento de grãos, microscópio com microfilmagem, microscópio de fluorescência, máquina tratorizada para poda de barreira vegetal, drone pulverizador e drone multiespectral.
Também estão previstas a realização de 12 eventos técnicos-científicos; oito publicações (cartilhas, livros e informativos), distribuição de sementes em eventos de agricultores ecológicos e povos tradicionais; implantação de um banco de germoplasma de sementes; além de produção técnico-científica – entre outros. A parceria tem vigência prevista de três anos.
Foto: Renato Sordi / Itaipu Binacional
