05/07/2024 às 07h30min - Atualizada em 05/07/2024 às 07h30min

Com investimento de R$ 23,5 milhões, Governo do Estado lança Rede de Clubes de Ciência

AEN

Reprodução/Fundação Araucária
O Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária e secretarias da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Educação (Seed), lançou nesta quinta-feira (4) a Rede Clubes de Ciência. A iniciativa é um dos projetos do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Paraná Faz Ciência, que tem como objetivo a criação deste clubes em escolas de educação básica da rede estadual de ensino. O projeto terá um investimento de R$ 23,5 milhões.

O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, destacou a importância do incentivo ao gosto e valorização da ciência desde a formação das crianças. “A formação dos cientistas precisa começar na infância, desde a educação básica, porque leva tempo para que eles amadureçam. É um início e eu espero que mais escolas possam ter os seus clubes de ciência e que possamos ter, não somente os 23 mil doutores que temos hoje no Paraná, mas chegar em 2035 em torno de 40 mil doutores”, afirmou.


A Rede de Clubes vai implementar ações que ajudem a consolidar conceitos científicos tratados em sala de aula. "A iniciação científica na educação é fundamental para estimular a curiosidade e a inovação entre nossos estudantes, ao mesmo tempo em que valoriza e capacita nossos professores, proporcionando-lhes suporte e reconhecimento essenciais para o desenvolvimento de uma educação de excelência", disse o secretário estadual de Educação, Roni Miranda.

A meta é contribuir com a formação pessoal e social dos participantes, ajudando a fazerem escolhas e intervenções conscientes e pautadas nos princípios da sustentabilidade e do bem comum. Nessa dinâmica, o protagonismo do estudante é incentivado, assim como há o aprimoramento das práticas docentes.

Segundo Débora Sant’ Ana, uma das articuladoras do Napi Paraná Faz Ciência e professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a ideia é a construção de ambientes onde os estudantes possam mergulhar no contexto científico e tecnológico, aproximando a ciência da vida cotidiana. “A proposta quer proporcionar a crianças e adolescentes um novo olhar sobre o mundo que os cerca, trazendo o pertencimento ao mundo da ciência”, disse.

INTERAÇÃO

Um fator de destaque no caminho da execução das ações da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência é a articulação das escolas de Educação Básica com centros de desenvolvimento de pesquisa, conceito inspirado na Rede Ciência Viva de Portugal, que atualmente envolve cerca de 900 clubes e mais de 700 mil estudantes organizados em uma rede nacional.

Inspirada no modelo português, mas com características e identidade próprias, a rede no Paraná tem como atores, além da Fundação Araucária e a Seti, as escolas públicas vinculadas à Seed-PR, as Instituições de Ensino Superior (IES) e as demais instituições integrantes do Napi Paraná Faz Ciência.

CLUBES

Os clubes vão se constituir como novos espaços de trabalho colaborativo, amplificando a alfabetização científica e tecnológica dos estudantes das escolas da rede estadual e habilitando esses jovens para desenvolver a ampla cidadania. Assim, outro ponto importante do projeto é a possibilidade de ajuda a ampliar as atividades consolidadas de Ciência Cidadã, propostas e executadas pelo Programa Interinstitucional de Ciência Cidadã na Escola, também vinculado ao Napi Paraná Faz Ciência.

“Os clubes partem de uma proposta de ciência mais participativa, inclusiva e com projetos validados por pesquisadores da Rede Paraná Faz Ciência para a sua execução frente à realidade escolar. Esta expertise permite que novos projetos possam ser pensados e validados em diferentes realidades locais”, acrescentou o articulador do Napi e o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rodrigo Reis.

O projeto-piloto prevê a criação de 200 clubes, em 2024. Serão cerca de 100 escolas de tempo integral em que o clube se integra à matriz curricular, em um total de 2 horas semanais. As demais 100 escolas serão selecionadas entre as que adotam os clubes em contraturno e, neste caso, a dedicação esperada é de 3 horas semanais.

As etapas de implementação incluem a seleção das escolas/docentes por meio de edital próprio lançado pela Seed; cadastro na plataforma da Rede Paraná Faz Ciência; formação pedagógica dos envolvidos utilizando os ambientes virtuais da Universidade Virtual do Paraná (UVPR).

Cada Clube de Ciências será constituído a partir de um regimento geral, que deve ser seguido por seus atores: coordenador, professores colaboradores e clubistas. Na dinâmica das atividades, deverá haver periodicidade nos encontros, com a carga horária de acordo com o tipo de escola associada.

Caberá às escolas o desenvolvimento das atividades previstas no plano de trabalho apresentado pela Rede Paraná Faz Ciência e das metas apontadas nos projetos elaborados para concorrer ao edital. Entre as atribuições das escolas está, ainda, a cessão do espaço físico para as atividades.

“Neste sentido, a proposta é desenvolver aspectos da prática científica, como a importância do trabalho em grupo, o senso crítico, a resolução de problemas e o processo contínuo do fazer ciência, tornando a educação científica mais significativa”, explicou Reis.

Um grupo de gestão dará sustentação às ações da Rede, apoiando o desenvolvimento de pesquisas locais, com base no reconhecimento da realidade das escolas e regiões, e a participação em feiras de ciências com a apresentação de resultados obtidos em cada clube.

 


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