Ricardo Marajó/SMCS Curitiba conquistou em 2024 o título de capital mais igualitária do Brasil. O reconhecimento nacional foi dado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, que divulgou em março o Mapa da Desigualdade entre as Capitais, que tem entre os principais indicadores “ações climáticas”.
A Pirâmide Solar de Curitiba, o Bairro Novo da Caximba, os programas Amigo dos Rios e 100 mil árvores e os primeiros ônibus elétricos do transporte público já são exemplos de que Curitiba está fortalecendo a construção da sustentabilidade urbana a partir do lançamento do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), em 2018. Tudo para garantir uma cidade mais sustentável para as futuras gerações de curitibanos.
No sábado, dia 29 de junho, Curitiba chegou ao marco de 500 mil árvores plantadas, dentro do desafio 100 mil árvores para Curitiba, que começou em setembro de 2019. Os plantios feitos pela Prefeitura, aliados a iniciativas como o uso de novas energias, avanço da matriz verde, grandes obras socioambientais e estímulo ao uso do transporte público, integram o PlanClima, que busca recuperar o ambiente urbano, reduzir as emissões de gases e mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Todos os meses também é feita a distribuição gratuita de mudas de árvores nas dez Ruas da Cidadania de Curitiba, dentro da ação de plantio comunitário e do desafio das 100 mil árvores. No Dia Nacional da Araucária, em 24 de junho, a Prefeitura distribuiu 3 mil mudas de araucárias.
População apoia
O dia de folga de Sandra Regina Santana foi escolhido para celebrar o Dia Nacional da Araucária. “O dia 24 de junho vai ficar marcado para sempre como um dia de fazer a minha parte na preservação ambiental”, contou.
Sandra, que é bióloga e conhece a importância dos cuidados no plantio da árvore, foi buscar uma muda na Rua da Cidadania do Boa Vista. Ela pesquisou as orientações anteriormente e aproveitou para tirar as dúvidas com os servidores e no vídeo explicativo no QR code anexado na muda.
“A araucária deve ser plantada em um espaço adequado. Eu não possuo tal espaço em casa, mas quero participar, então combinei com alguns vizinhos e vamos buscar um lugar especial para essas araucárias”, relatou a moradora do Boa Vista.
Combate ao aquecimento global
Desde 2017, a capital vem implantando programas e soluções que buscam conter o avanço do aquecimento global. A devastação causada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul este ano reacendeu a urgência do cuidado com o meio ambiente, com as adaptações e com as mitigações às mudanças climáticas. Curitiba, antecipando-se a esse debate, vem se preparando para estar pronta aos novos desafios.
Iniciativas mais recentes da Prefeitura de Curitiba reforçam esse compromisso de mitigar e se adaptar aos efeitos das mudanças climáticas. São exemplos: a criação de novos parques alagáveis, que reforçam o conceito de “cidade-esponja” da capital paranaense e ajudam a reduzir ainda mais a possibilidade de inundações em caso de fortes chuvas; a inédita Reserva Hídrica do Futuro, que irá suprir a cidade com água em caso de estiagem prolongada; o Hipervisor Curitiba, que usa a inteligência artificial para prevenir problemas ambientais típicos de uma grande cidade; e a entrega das primeiras casas do Bairro Novo da Caximba, maior projeto socioambiental da história recente de Curitiba.
Áreas verdes
As áreas verdes de Curitiba, além de ajudar a combater enchentes e novas ocupações irregulares, também têm a função de reduzir as "ilhas de calor" e a poluição: as árvores e a vegetação, além de produzirem oxigênio, ajudam a regular a temperatura e a umidade. Como benefícios agregados, reduzem a radiação ultravioleta e o ruído do tráfego, sendo verdadeiros oásis para espécies tanto vegetais quanto animais, sem contar que são lugares perfeitos para o curitibano relaxar e praticar esportes.
Frequentemente as áreas verdes da capital ainda recebem eventos culturais e, em muitos casos, reúnem edifícios de grande valor histórico ou cultural, como os memoriais de imigração (Tingui e Bosque do Papa), Palácio Belvedere (Praça João Cândido), Museu de História Natural (Bosque Municipal Capão da Imbuia), Estufa (Jardim Botânico), belvedere e Jardim Poty Lazzarotto (Tanguá) e Oratório de Bach (Bosque Alemão).
Curitiba ainda incentiva, por meio da criação das Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal (RPPNMs), a preservação de áreas particulares. Desde 2017, foram entregues 47 novas RPPNMs.
Tudo isso resulta em mais de 60 metros quadrados de área verde por habitante, quando o mínimo recomendado pela OMS é de 12 metros quadrados por habitante.