E não é que no Acre tem dinossauro!!!

Museus são espaços encantadores, contam sobre o passado, instigando-nos a refletir sobre o presente e o futuro. Impossível visitar um e sair de lá sem uma apreciação crítica sobre nossa existência e, em especial, a resiliência para lidar com a vida. Visitei hoje o Museu dos Povos Acreanos. O prédio, construído na década de 1960, foi Colégio Interno Masculino e depois abrigou o conhecido Colégio Meta. Em 2006, o prédio foi fechado e tomado por moradores em situação de rua. Em 2016, teve início a restauração que, finalmente, neste agosto de 2023, foi finalizada. Eu teria tanto para narrar sobre aspectos linguísticos, étnicos e culturais sobre os quais meus olhos se deliciaram. No entanto, preferi hoje tratar de um aspecto da paleontologia e, ao menos, tentar, acabar com uma curiosidade: no Acre tem Dinossauro? Sim, no Acre tem dinossauro. Na verdade, o Purussaurus Brasiliensis viveu há cerca de 8 milhões de anos nessa região. O rio Purus, cuja nascente é no Peru, entra no Brasil pelo município de Santa Rosa do Purus, passando também por Manuel Urbano. Por ter sido encontrado nessa região, recebeu o nome de Purussaurus Brasilienses. Em 1986, uma expedição coordenada pela Universidade Federal do Acre e o Museu de História Natural de Los Angeles coletou o crânio em perfeito estado de conservação e, a partir daí, muitas pesquisas foram realizadas. Estima-se que o Purussaurus media até 12 metros, necessitando de aproximadamente 40 quilos de carne por dia. A rabada do animal já mata, mas o sistema que o animalzinho usava para dominar suas presas era o de prendê-las, girar até seus ossos se esmagarem e, claro, provocar a morte e aí, então, saborear o banquete. Réplicas da cabeça do animal foram reproduzidas e podem ser encontradas em museus da Europa e dos Estados Unidos. Mas se você quiser ver a cabeça de verdade, venha para o Acre. O Purussaurus está extinto, mas o jacaré-açu de 7 metros pode ser apreciado bem vivo em um parque da cidade. Arrume as malas e boa viagem!